UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Tempo de Colher


Toda semente pede tempo para germinar.  
 Assim também acontece nos domínios da alma.
Nunca devemos desistir de semear o bem, 
porque os resultados não se façam
 imediatos aos nossos olhos. 
 Saibamos esperar com paciência.  
No momento justo,
as sementes que houvermos lançado no solo
 dos corações haverão de produzir frutos sazonados.  
Semeemos compreensão e alegria,
paz e coragem, perdão e amor... 
É da Lei que cada semente produza 
segundo a sua própria espécie.  
 Mais cedo ou mais tarde, a vida restituir-nos-á, 
centuplicadamente, o que houvermos ofertado. 
 Prossigamos no trabalho pela felicidade daqueles 
que mais amamos, aceitando-os como são, 
na certeza de que eles saberão entender 
e corresponder aos nossos zelos e atitudes, 
no tempo justo.

(Autor: Francisco Cândido Xavier)

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