UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Natal é...



Natal... vida, sentimentos belos,
Natal... uma ruptura com o apartheid social.
Queira os humanos sentir o pulsar do Natal;
Quisera a raça humana ouvir o coral desse Natal!
Sair do casulo;
Reconstruir, construir, limpar o sacrário!
 Momento oportuno de nascimento e renascimento;
De percorrer a trilha, rumo ao Cristo.
Pensar que não se encontra Cristo
Nem participa do seu nascimento
Quem não tem o ser humano
como "projeto divino".
 Não há Natal com fome,
Não há natal com corrupção,
Não há Natal com concentração.
Mas surge uma esperança...
A estrela brilha bem longe!
Uma multidão se encontra
A raça humana louva, e
Você se fez presente!

(Autora: Maria Lúcia Ribeiro da Silva)

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