UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Apesar


Apesar de sonhar até mesmo o impossível
Apesar de sorrir sem ao menos ter motivos
Apesar de cantar para disfarçar o pranto
Continuo a afirmar que a felicidade existe... 

Apesar de acreditar e as vezes ser traída
Apesar de gostar e não ser correspondida
Apesar de falar e não ser compreendida
Continuo a acreditar que a amizade existe... 

Apesar do sol nem sempre estar presente
Apesar da brisa transformar-se em vento forte
Apesar da chuva muitas vezes ser agressiva
Continuo a admirar o explendor da natureza... 

Apesar de conviver com tantas dúvidas
Apesar de me perder nas incertezas
Apesar de viver em eterna busca
Continuo a agradecer o dom da vida!! 

(Autor Desconhecido)

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