sábado, 31 de julho de 2010

Amor e Ódio


Por que eu me esforço tanto e não consigo
Por tua lembrança lá no esquecimento?
Mudo meu rumo, mas teus passos sigo,
P'ra o meu espanto e este desalento.

Por odiar-te tanto eu não te esqueço.
Por que tu sangras tanto no meu peito?
Voltar a mim é tudo que eu mereço,
Porém sem nós eu mesma me rejeito.

Quero-te morto, pois talvez - quem sabe -
Eu possa dar-te, enfim, por terminado,
Possa enterrar também minha saudade

De ti, o que foi-me mais um triste fado,
Porém, enquanto houver eternidade,
Serás no eterno o meu eterno amado.

(Autora: Silvia Schmidt)

Nenhum comentário:

Postar um comentário