
Silêncio...
deliciosa revelação que o som emudece...
As minhas metades... e as suas...
Somos sempre duas metades,
Porque a vida é feita de escolhas!
Somos o sim e o não,
Ainda que haja o talvez...
Somos o amor e a razão,
Embora exista a loucura.
Somos o antes e o agora,
Ainda que estejamos sempre à espera do depois.
Somos luz e escuridão,
Simplesmente porque uma não pode existir sem a outra.
Somos corpo e espírito,
Embora a essência esteja na alma.
Somos medo e coragem,
Porque dentro de nós grita o desejo.
Somos vida e morte,
Mesmo que acreditemos na existência
de apenas uma de cada vez.
Somos som e silêncio,
Ainda que nossas vozes independam deles.
Somos um constante ir e vir,
Porque ainda que estejamos aqui,
Estamos também em outros lugares.
Somos dúvida e certeza,
Simplesmente porque ambas são idênticas.
Somos ilusão e realidade...
E em busca de nossas metades,
De nada nos adianta apenas saber,
É preciso sentir!
Porque somente saber,nada significa quando descobrimos
Que as nossas metades são igualmente sagradas...
E ambas só podem ser inteiras,
Quando se entregam à inexplicável magia do amor.
(Autor Desconhecido)

Pela amizade que você me devota,
por meus defeitos que você nem nota...
Por meus valores que você aumenta,
por minha fé que você alimenta...
Por esta paz que nós nos transmitimos,
por este pão de amor que repartimos...
Pelo silêncio que diz quase tudo,
por este olhar que me reprova mudo...
Pela pureza dos seus sentimentos,
pela presença em todos os momentos...
Por ser presente, mesmo quando ausente,
por ser feliz quando me vê contente...
Por este olhar que diz "Amigo, vá em frente!"
Por ficar triste, quando estou tristonho,
por rir comigo quando estou risonho...
Por repreender-me, quando estou errado,
por meu segredo, sempre bem guardado...
Por seu segredo, que só eu conheço,
e por achar que apenas eu mereço...
Por me apontar pra DEUS a todo o instante,
por esse amor fraterno tão constante...
Por tudo isso e muito mais eu digo
"DEUS TE ABENÇOE AMIGO!"
(Autor Desconhecido)

Diz-se que,
mesmo antes de um rio cair no oceano
ele treme de medo.
Olha para trás, para a jornada,
os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas,
através dos povoados,
e vê à sua sua frente um oceano tão vasto
que entrar nele nada mais é
do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar,
ninguém pode voltar,
voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar
e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano
é que o medo desaparece.
Porque apenas então o rio saberá
que se trata de desaparecer no oceano.
Mas torna-se oceano.
Por um lado é desaparecimento,
mas por outro é nascimento.
Assim somos nós,
voltar é impossivel na exietência.
Você pode ir em frente e se arriscar.
Coragem, torna-se oceano.
(Fonte: História de Amor)
Por que eu me esforço tanto e não consigo
Por tua lembrança lá no esquecimento?
Mudo meu rumo, mas teus passos sigo,
P'ra o meu espanto e este desalento.
Por odiar-te tanto eu não te esqueço.
Por que tu sangras tanto no meu peito?
Voltar a mim é tudo que eu mereço,
Porém sem nós eu mesma me rejeito.
Quero-te morto, pois talvez - quem sabe -
Eu possa dar-te, enfim, por terminado,
Possa enterrar também minha saudade
De ti, o que foi-me mais um triste fado,
Porém, enquanto houver eternidade,
Serás no eterno o meu eterno amado.
(Autora: Silvia Schmidt)
Perder alguém é como tirar o quadro de uma moldura que continua pendurada na parede.
É como ver uma janela que já não abre mas por onde nos debruçámos tantas vezes.
É como uma peça que falta no puzzle do nosso ser, do nosso crescimento.
Perder alguém é um abanar da nossa estrutura, é abrir rachas.
É como um apagar de luzes num caminho aberto ao céu.
É como um sentimento que já não se sente.
É uma irracionalidade, uma loucura, uma estupefacção, uma derrota, uma decepção.
Perder alguém é uma pergunta a Deus, mesmo quando n´Ele não se acredita.
É como uma vitória das trevas, uma derrota do Bem.
Uma baixa na batalha da vida, que se baptiza de estúpida e porca.
Uma dúvida sobre a sobrevivência.
Perder alguém é uma lágrima, um choro, um oceano de dor e de grito.
É como um mar calmo onde se precisa de vento.
É o lembrar da nossa vida, do que fizemos e fazemos.
Dos que amamos e rejeitamos. Até dos que ignoramos.
Perder alguém é perdermos um pouco de nós.
É aprender do modo mais duro.
É escolher entre o lamento e o crescer.
É ver em cada momento pedaços onde vive esse alguém.
É ouvir um sussurro que nos diz: Vive!
(Autor Desconhecido)

A Prisão de cada um
O psiquiatra Paulo Rebelato, em entrevista para a revista gaúcha Red 32, disse que o máximo de liberdade que o ser humano pode aspirar é escolher a prisão na qual quer viver. Pode-se aceitar esta verdade com pessimismo ou otimismo, mas é impossível refutá-la. A liberdade é uma abstração.
Liberdade não é uma calça velha, azul e desbotada, e sim, nudez total, nenhum comportamento para vestir. No entanto, a sociedade não nos deixa sair à rua sem um crachá de identificação pendurado no pescoço.
Diga-me qual é a sua tribo e eu lhe direi qual é a sua clausura.
São cativeiros bem mais agradáveis do que o Carandiru: podemos pegar sol, ler livros, receber amigos, comer bons pratos, ouvir música, ou seja, uma cadeia à moda Luis Estevão, só que temos que advogar em causa própria e hábeas corpus, nem pensar.
O casamento pode ser uma prisão. E a maternidade, a pena máxima. Um emprego que rende um gordo salário trancafia você, o impede de chutar o balde e arriscar novos vôos. O mesmo se pode dizer de um cargo de chefia. Tudo que lhe dá segurança ao mesmo tempo lhe escraviza.
Viver sem laços igualmente pode nos reter.
Uma vida mundana, sem dependentes para sustentar, o céu como limite: prisão também. Você se condena a passar o resto da vida sem experimentar a delícia de uma vida amorosa estável, o conforto de um endereço certo e a imortalidade alcançada através de um filho.
Nós é que decidimos quando seremos capturados e para onde seremos levados. É uma opção consciente. Não nos obrigaram a nada, não nos trancafiaram num sanatório ou num presídio real, entre quatro paredes.
Nosso crime é estar vivo e nossa sentença é branda, visto que outros, ao cometerem o mesmo crime que nós - nascer - foram trancafiados em lugares chamados analfabetismo, miséria e exclusão.
Brindemos: temos todos, cela especial.
(Fonte: Revista Red 32)
Dirija sua vida, seja nas tristeza,
seja nas alegria, sempre derramando pétalas,
assim como as flores.
As flores, seja dia, seja noite,
haja chuva, haja sol enviam para o ar que respiramos
todo o perfume que elas contém.
Espalhemos sempre nossas essências de amor,
perfumando a vida daqueles que nem sequer
sabem admirar uma flor, ou nunca pararam para apreciar
a beleza gratuita feita pelo nosso Pai com amor.
Se colhida e dedicada a alguém significa amor.
Sejamos apenas simplesmente uma flor.
Apenas uma flor.
O exemplo da flor bastará para uma
transformação de muito amor.
Não importa, jasmim, rosa, cravo,
não importa a flor,
o importante é que espalhemos as pétalas de nosso amor.
Sejamos Flor!!!
(Autora: Cora Maria)