segunda-feira, 7 de junho de 2010

Entre flor e nuvem...

Sou entre flor e nuvem,
estrela e mar.
Por que havemos de ser unicamente humanos,
limitados em chorar?

Não encontro caminhos fáceis de andar.
Meu rosto vário desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar.
E por isso levito.

É bom deixar um pouco de ternura e encanto indiferente
de herança, em cada lugar.
Rastro de flor e estrela, nuvem e mar.

Meu destino é mais longe e meu passo mais rápido;
a sombra é que vai devagar.

(Autora: Cecília Meirelles)

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