UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A vida é agora!


A gente se acostuma a medir a vida em
dias, meses, anos...
Mas, será que é mesmo o tempo que mede a nossa vida?
Ou a gente devia contar a vida pelo número de sorrisos?
De abraços? De conquistas? Amores?
E, porque não fracassos também?
Por que ao invés de dizer tenho tantos anos, a gente
não diz: tenho três amigos, oito paixões, quatro tristezas,
três grandes amores e dezenas de prazeres?
A gente vai vivendo e, às vezes, esquece que a vida
não é o tempo que a gente passa nela.
Mas, o que a gente faz e sente em quanto o tempo vai
passando.
Dizem que a vida é curta, mas isso não é verdade.
A vida é longa pra quem consegue viver pequenas
felicidades.
E, essa tal felicidade vive aí disfarçada, como um
criança traquina brincando de esconde-es conde.
Infelizmente, às vezes não percebemos isso.
E passamos a nossa existência colecionando nãos.
A viagem que não fizemos;
O presente que não demos;
A festa a qual não fomos.
A vida é mais emocionante quando se é ator e não
espectador.
Quando se é piloto e não passageiro;
pássaro e não paisagem.
Como ela é feita de instantes não pode e não deve ser
medida em dias ou meses mas, em minutos e segundos.
A vida é agora.

(Autor Desconhecido)

Nenhum comentário: