começa quando CRISTO é crucificado
entre dois ladrões (Mc 15,27).
Vejamos:
O evangelista Lucas no cap.23,vers.39-43 escreve:
Um dos malfeitores, suspensos à cruz, o insultava dizendo:
"Não és tu o Cristo, salva-te a te mesmo e a nós",
mas o outro, tomando a palavra, o repreendia!
Nem sequer temes a Deus estando na mesma condenação?",
Quanto a nós, é de justiça,
pagamos por nossos atos, mas ele não fêz nenhum mal.
E acrescentou: "Jesus lembra-te de mim, quando vieres com teu reino".
Ele respondeu: "Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no paraíso".
Suspenso na cruz, o Mestre continuava ensinando.
alguém que ironizava, que desacreditava, que duvidava.
Do outro lado,
alguém que respeitava, que enxergava, que acreditava.
Através dos tempos, ambos multiplicaram-se.
Os chefes porém zombavam dizendo:
A outros salvou, que salve a si mesmo, se é o Cristo de Deus, Eleito.
Os soldados também caçoavam dele;
aproximando-se, traziam vinagre e diziam:
Se és o rei dos judeus,
salva-te a ti mesmo (Lc 23,35-37).
"José de Arimatéia, membro do conselho,
homem bom e justo,
procurou Pilatos e pediu o corpo de Jesus.
Descendo-o da cruz, envolveu-o num lençol,
e colocou-o numa tumba talhada na pedra,
onde ninguém havia sido posto".
que se quiser afaste o cálice da CRUZ,
mas não obtém resposta.
Resigna-se.
Dobra-se obedientemente à Vontade de Deus.
estende-se na CRUZ com o SEU FILHO
para SORVER junto tão amargo cálice,
comungando daquela Hora Suprema.
"Eu e o Pai somos um".(Jo 10,30).
Eis a CRUZ REPARTIDA.
coloquemo-nos como filho, vendo o seu pai
imolando-se por si e imaginemos a dor de Jesus.
E pensarmos que foi por nós, ingratos,
insensíveis filhos seus.
e com a multidão que se acostumara
a ouvi-Lo e d'Ele receber os mais sábios ensinamentos
e milagrosas curas.
Mãe amada de Jesus,
que procura ser forte permanecendo de pé
junto ao seu filho(Jo 19,25-2),
ensinando-nos a suportar as cruzes da vida
com resignação, coragem e fé.
continuam visíveis as três cruzes
do Gólgota no alto da nossa fé,
falando-nos de um Deus supremo e carinhoso,
um Deus solidário e fiel,
um Deus esquecido mas não vingativo,
um Deus que se abaixou´para juntar-se
indiscriminadamente a crentes e descrentes,
a exemplo daqueles dois lá do Gólgota,
crucificados lado a lado com Jesus.
carregamos nossas cruzes,
imolamo-nos nelas,
somos por elas triturados
e nem sempre entendemos.
nas traições,
nas injustiças,
nas perseguições,
nos males incuráveis,
no mundo das drogas
e outros vícios,
nos abandonos,
nas palavras ferinas,
no desprezo,
na viuvez,
luto e orfandade.
e a aceitação são capazes de apontar soluções,
de determinar procedimentos,
de orientar devidamente.
Aceitar a cruz, entender a cruz,
e permitir que Deus ajude-nos a carregá-la.
(Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, tende piedade de mim),
repetidos incessantemente,
noite e dia,
no máximo de quatro dias,
trazem paz e serenidade,
aliviam a angústia que
oprime o peito impedindo até de respirar bem.
Tranquilizados,
agarrados firmemente em Deus,
os problemas aos poucos
vão dissolvendo-se mesmo que a solução
não seja a que queríamos.
ao que é melhor para nós
e que só Ele conhece por penetrar
no mais íntimo de cada um,
por sermos ovelhas do seu rebanho.
repartiu sem contabilizar afrontas,
ofensas e desatenções,
mas doando-se por inteiro ferindo-se,
sacrificando-se e triturando-se,
com amor,ternura e perdão.
(Autora: Elisabeth Mendonça)
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