UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Amigo(a) Navegante

Ninguém pode dar aquilo que não possui.

Para dar amor,
você deve ter o amor.

Ninguém pode ensinar aquilo que não sabe.

Para ensinar o amor,
você precisa compreendê-lo.

Ninguém pode conhecer aquilo que não estuda.

Para estudar o amor,
você precisa viver no amor.

Ninguém pode apreciar aquilo que não aceita.

Para aceitar o amor,
você deve tornar-se receptivo a ele.

Ninguém pode ter dúvida daquilo que se deseja acreditar.

Para acreditar no amor,
você deverá estar convencido do amor.

Ninguém admite aquilo a que não se entrega.

Para se entregar ao amor,
você deve ser vulnerável a ele.

Ninguém vive aquilo a que não se dedica.

Para se dedicar ao amor,
você deve estar sempre crescendo no amor.

(Autor: Leo Buscaglia)

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