Em que o amor era flama e juventude.
Luas novas no céu, flores novas na terra,
Frutos para nascer, palpitando nas árvores.
Laranjais que a lua doce e quieta
Amadurecia com o seu sorriso enternecido;
Laranjais em flor que o vento amava,
Que o vento apertava nos seus longos braços;
Laranjais que já destes tantos frutos
- Dizei-me hoje : onde estão aqueles olhos
Cheios de mistérios e ternuras inéditas?
Dizei-me, árvores: onde estão aquelas mãos
De febre, aquelas mãos morenas e macias,
E aqueles seios nascendo no corpo em flor?
(Autor: Augusto Frederico Schmidt)
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