quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Redenção

O que seria de mim sem a dor?
sem o choro sentido
sem o grito contido
sem sofrer por amor?
O que seria de mim sem o acalanto?
aquele dos seus braços após meu pranto
o calor do seu abraço
forte, insano
que me toma urgente, sem tino, sem compasso.

O que seria de mim sem seu afago?
aquele pelos cabelos
delicado, calado
aquele carinho sem pressa,
sem rumo, desorientado.
O que seria de mim sem suas juras?
suas desculpas?
seu torpor, meu dispor
seu embaraço, meu entrelaço
nossas gentilezas, sutilezas
daqueles que se desejam,
se completam,
se amam.

(Autora: Kátia Ruivo)

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