Povoa de esperança o espaço que restou dentro de mim.
Enxuga a lágrima que ainda molha a minha face.
neste espaço de barro que sou eu, e onde um dia semeaste a fé.
Repete este milagre de, embora divino,
caberes por inteiro no meu coração humano.
E permanece comigo, ajudando-me a crer
que ainda é tempo de sonhar com a paz.
Senta-se à minha mesa e prova o pão do meu suor.
Escuta meus anseios, para compreenderes minha luta.
Volta para mim, desta maneira simples de chegar.
Volta silencioso como a aurora e plenifica de luz o meu amanhecer.
Volta para mim, desta maneira simples de chegar.
De minha parte, estarei te esperando
como terra seca, que procura orvalho;
como noite escura que procura luz;
como fonte imóvel que procura impulso.
E que te possa descobrir
em todos os presépios e casas,
em todas as manjedouras e berços,
em todas as Marias e Josés.
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