UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

domingo, 6 de dezembro de 2009

A Árvore

Também

José subiu à

Galiléia, da cidade de

Nazaré, à Judéia, à cidade

de Davi, chamada Belém,

porque era da casa e família de Davi,

para se alistar com a sua esposa Maria,

que estava grávida. Estando eles ali,

completaram-se os dias dela. E deu à luz

seu filho primogênito e, envolvendo-o em faixas,

reclinou-o num presépio; porque não havia lugar

para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores

que vigiavam e guardavam o seu rebanho nos campos durante

as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória

do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor.

O anjo disse-lhes: "Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova

que será alegria para todo o povo: Hoje vos nasceu na cidade

de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal:

"Achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura".

E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: "Glória a Deus no mais alto do céu e na terra paz aos homens de boa vontade". Depois que os anjos os deixaram e voltaram para o céu, falaram os pastores uns aos outros: "Vamos até Belém e vejamos o que se realizou e o que o Senhor nos manifestou". Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado numa manjedoura. Vendo-o contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino. Todos os que os ouviam admiravam-se das coisas que se lhes contavam os pastores. Maria conservada todas essas palavras meditando-as em seu coração.

(Lucas 2, 4-19)
(Autor Desconhecido)

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