UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

domingo, 9 de outubro de 2011

Um Anjo



Um anjo subia pela alameda dos sonhos
Levava uma estrela
E uma caixinha de surpresas.

De repente ele viu
Um menino tristonho
Bateu asas e surgiu
Um acalento pro seu sono

Dentro da noite estrelada
Anjo e menino se abraçaram
E a caixinha foi deixada.

Estava cheia de sonhos
E de estrelas prateadas
Cheia de surpresas coloridas
E alegrias imaginadas.

Pela manhã o menino risonho
Abriu a janela de mansinho
E jura ter visto através do sol
Seu anjo virar passarinho.

Feliz Dia das Crianças!

(Autora: Edilene Santos)

Nenhum comentário: