UMA NÉVOA DE OUTONO O AR RARO VELA

Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.

Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.

Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]

(Autor: Fernando Pessoa)

  

  

 

 


 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Momento de Amar



Quem dera o tempo
poder parar,
porque o tempo...
O tempo é sempre um momento
quando te estou a olhar!
Sonho contigo
ao dormir...
Acordada.
Vivo a sonhar.
O que será esse fascínio? 
Que terá esse teu olhar?
Será veneno?
Ou encanto?
Apenas sei...
Amo-te tanto.

(Autora: Maria Fernanda Ruela)

Nenhum comentário: